ASSOCIAR IDÉIAS E PRODUZIR O BEM COMUM

Já existem centenas de teorias políticas escritas pelos mais variados cientistas que tem definido a tomada de poder por um grupo de pessoas inteligentes, éticas e compromissadas com o bem comum. Os empresários, professores, gerentes de empresas públicas e privadas, nós “estudantes”, alguns trabalhadores e o resto da população temos algo em comum: somos seres humanos. Mas que vida queremos? Queremos ser agentes de transformação social ou ser mais uma safra de clones que respondem automaticamente aos interesses do sistema econômico dominante?

Precisamos, caros colegas universitários do sudeste de nosso estado, unificar de alguma forma esta convivência maravilhosa que nos é ofertada aqui em nossa capital, quem sabe ainda, melhorar diversas situações que nos impedem de cursar a faculdade da sobrevivência. Devemos deixar de seguir apenas o que nos ensina e tentar vivenciar algo diferente durante nossa vida como estudante. Devemos nos esforçar para que tenhamos grandes profissionais neste estado, representando o lado histórico e cultural mais antigo de nosso maravilhoso estado, o “sudeste”.

A sociedade de um modo geral vê o diploma universitário como o prêmio maior a ser conquistado, capaz de garantir um emprego seguro e bem remunerado. Esta crença produz terríveis distorções e frustrações. De um lado, muda o foco do conteúdo e da seriedade educacional para a obtenção do canudo final; de outro, passa aos estudantes a sensação de que com ele o mundo se abrirá. Para atender esta demanda, universidades, em geral particulares, formam estudantes sob um regime de educação massificada, muitas vezes sem compromisso com a absorção de conhecimento. Um dos resultados perniciosos é o crescente contingente de desempregados universitários.

Bem sabemos, que não só aqui na nossa capital, mas em qualquer lugar do mundo, há dias em que a alegria já acorda em nossa companhia; e há dias em que levantamos sem ânimo, sem mesmo saber para quê, pois até a esperança de felicidade parece extinguir-se. O cansaço e a desesperança atacam a todos, sem exceção; e há os que sucumbem e se rendem à vida, abandonando a luta e aceitando a derrota.

Que Vida queremos aqui para nós? Acreditamos que seja uma vida palpitante, cheia de luz, solidária, frugal e harmoniosa. O Criador que paira acima de todas as religiões, nos dará essa vida de presente, talvez em Natal, como se fosse um bondoso Papai Noel? Negativo, essa vida plena deverá crescer a partir das sementes que cada um de nós semeará todos os dias, a despeito que muitas sejam dispersas pelo vento,

afundadas nas águas, comidas pelos passarinhos, calcinadas pelo sol ou extraviadas entre os espinhos, sempre haverá algumas que cairão em terra fértil e cada uma delas, frutificarão em mil grãos, que continuarão o ciclo cósmico de nossa história.

Chegou a hora de reunirmos idéias entorno de um bem comum, fazer com que os recursos oriundos da união para beneficiar universitários de baixa renda cheguem até nós, que fazemos parte de uma região que por longa data foi afetada pelo abandono e o esquecimento. Hoje vemos uma mudança significativa no quadro supracitado, mas ainda pode-se fazer muito mais. Quem sabe, estender e criar mais cursos para alguns municípios de nossa região sudeste, deixando de gerar um acúmulo de jovens longes das famílias, muitas vezes, jogados as traças aqui em nossa capital, simplesmente por não ter condições financeiras de alugar um lugar decente para morar.

Diante deste alto custo de vida, podemos verificar no momento atual a mudança de comportamento que se verifica entre os estudantes. Em anos anteriores, por exemplo, alinhavam-se incondicionalmente aos pleitos grevistas dos professores, hoje, começam a questionar suas perdas durante estes movimentos;

No utópico desejo de um mundo melhor – esta intenção reflete uma crescente preocupação com o ser humano e a preservação de sua qualidade de vida. Acontecimentos recentes (os ataques terroristas nos EUA, e maremotos varrendo vidas no continente asiático por exemplo) e não tão recentes (guerras, violência, fome, miséria) motivam-nos a pensar no que temos feito de errado e em como construir um mundo que compreenda os nossos sonhos mais sublimes.

Esta vertente pressupõe para todos os seus níveis da educação – do básico ao universitário -,um papel voltado para a formação básica do indivíduo, independentemente de sua aspiração profissional. Aspectos como cidadania, tolerância, aceitação das diferenças, respeito ao próximo, e qualidade de vida, farão, certamente, parte de um currículo básico do futuro; Formar uma massa crítica suficiente de pessoas na sociedade, visando a sua conscientização e ao desenvolvimento das correspondentes ações em prol do resgate dos autênticos valores humanos será uma das principais metas desta Associação dos Universitários do Sudeste do Estado do Tocantins.