NOSSO GINÁSIO JOÃO D’ABREU

 

José Cândido Póvoa *

jcpovoa@hotmail.com

15/01/2006  

 

Tempos atrás, acessando o site www.dno.com.br, tive a grata satisfação de encontrar na seção fotos da semana, algumas imagens do nosso querido e inesquecível Ginásio João D’Abreu. Retornei no tempo e pude passear pelas minhas ilusões e sonhos àquela época acalantados. Revi os meus desejos e paixões por tudo que ali eu pude viver. Relembrei-me dos trabalhos em peças teatrais, todas capitaneadas pela saudosa Madre Stela. Vivi e morri com muita emoção como nas peças que trabalhei e experimentei naqueles tempos. Recordei-me da Madre Aranzazu, com sua disciplina quase militar cobrando  de nós adolescentes atitudes de adultos. Ela cumpria sua missão de nos formar para a vida. Revivi as provas de português aplicadas pelo nosso intelectual professor e amigo Padre Magalhães, que além do seu vasto conhecimento sobre a matéria, nos ensinou apreciar e gostar de músicas clássicas, pois enquanto tentávamos resolver as questões, quase sempre muito difíceis, ouvíamos músicas  em pequena radiola portátil sobre a mesa do mestre. Como esquecer-me do Professor Osvaldo Póvoa, um jovem dianopolino que dedicou toda sua vida à nossa terra e nos ensinou a todos a desbravar o mundo da matemática e do inglês? Revivi os momentos de ensaio para apresentação na semana da pátria. Época em que tínhamos o respeito na devida dimensão sobre os símbolos e armas do Brasil. Ouvíamos o hino nacional como se fossemos chamados a amar cada vez mais o nosso país e nossa terra.Voltei às brincadeiras do recreio na área coberta. Revivi os flertes e namoros passageiros  com as alunas internas. Revi meus amigos de infância e adolescência, quando juntos desafiávamos os preconceitos e costumes dos anos 60, com a chegada dos Beatles e da Jovem Guarda. O grande pátio, as filas formadas por ordem da série que cursávamos e onde assisti estarrecido, pela primeira vez na história da cidade e daquela unidade de ensino, a expulsão de um colega, injustiçado pela incompreensão de alguns adultos. Revi os muitos colegas que se tornavam a cada dia membros da nossa própria família, pois além da convivência nas salas de aulas, a própria cidade pela sua pequena dimensão geográfica, encarregava-se de fazer com que nos encontrássemos a todo momento e em cada esquina. Obrigado nobre primo e amigo Antônio Costa Aires, criador e editor desse interessante site, que em mais um lance de inteligência, conseguiu sem dizer uma palavra, mas apenas através de imagens, resgatar  e despertar em nossos corações uma das mais belas página vivida em nossas vidas.

*Advogado e Poeta

 

       

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