Aos jovens de nossa terra... Despertai !

 

Mário Sérgio Mello Xavier*

 

Indaga1@hotmail.com.br

 

23/01/2006

 

Venho por meio destas sublimes palavras, tentar explicar e despertar em nós jovens, alguns pontos que, ao refletir sobre eles, achei muito importante repassar a todos. Sinceramente, nós jovens, temos que de alguma forma, tentar mudar a imagem de nossa juventude. A grande maioria de nós jovens, somos tratados como irresponsáveis, mas tudo isso ocorre, imagino eu, porque nós somos abduzidos de responsabilidades, ou seja, a grande maioria é livre de responsabilidades, o que acarreta posteriormente, um adulto despreocupado para assumir postos de extrema responsabilidade. E principalmente, não teremos interesse em ajudar a resolver alguns fatos irregulares que cerceiam nossa região - mais especificamente a região sudeste - pois tudo que o dizem é que "a vida é uma festa", "só se é jovem uma vez na vida", depois, cobram a seriedade que a "vida de verdade" exige, mas aí já é tarde demais.

Com tudo isso, temos de tomar certas atitudes drásticas, do tipo: "não aceitar esses conselhos (furados)" e seguir em frente,  cientes de que a vida, desde jovem já exige ser extremamente sério e tomar atitudes "adultas". O que é preciso entender é que o sistema, existir, existe sim, mas não é algo que somos obrigados a seguir, ou seja, caso tenhamos vontade, podemos mudar o rumo de nossas atitudes, de nossa vida, podemos traçar a meta que quisermos, e fazer de nossas vidas aquilo que sonhamos ou simplesmente temos vontade de ser. A face mais conhecida deste sistema, pode ser traduzida por exemplo em fatos do cotidiano, muitas vezes vemos jovens assassinando, matando, usando drogas, furtando, mas não nos damos conta de que foi a própria sociedade que o fez se tornar assim, um exemplo clássico disto é a FEBEM, onde ali residem as piores mentes criminosas já vistas em menor idade. Por isso digo, vale apostar no jovem, a “região sudeste” é uma região que promete muito, vale apostar na juventude que brota dos torrões de nossa terra. Vale apostar naqueles que passaram a se interessar em amenizar ou resolver os problemas que cerceiam nossa região. Nossa região, nosso berço, nossa terra castigada pela desenfreada exploração do ouro...Vale dizer, que é hora de cultivar um tesouro muito importante, “o jovem”, este que pode trazer riquezas e uma vida melhor a todos de nossa região, no presente ou no futuro. O jovem é em resumo a mudança, a oscilação, a abertura de novos horizontes e perspectivas infinitas. E é disso que precisamos. São esses os elementos que se adequam aos novos moldes dessa estrutura política contemporânea. No entanto, há de se ressaltar, que em face de todos esses traços positivos e reais de uma ordem mantenedora da dignidade dessa região, daquele município, também existe um objeto de segregação social. Trata-se das desigualdades entre classes, que projetam uma miséria periculosa e que a tudo ameaça. O jovem é o indivíduo compromissado a um “contrato social” e à luta pela dignidade humana. A conscientização do jovem brasileiro, o apoio dado àqueles que se interessam, que buscam e que vão atrás, é, sem dúvida, o primeiro passo para a construção de uma nova mentalidade nacional, estadual e municipal. Com homens e mulheres mais participativos, fornecedores de um produto de ação, capacitado a mover e transformar sempre. É a partir desses pontos de vistas que devemos iniciar os nossos debates, uma avaliação dos interesses e potencialidades que a juventude tem a seu encargo. O jovem é o receptáculo do conjunto de idéias que vai propiciar a transformação, apoiando nesse bem comum a nova direção vinculada à já estabelecida. São bem sabidos os problemas que o país em geral enfrenta no setor educacional, saúde, falta de oportunidades de emprego e, dentre muitos outros, a questão da segurança pública. Ora, logo que se condiciona o indivíduo humano a tais situações de sobrevivência, diante de tantos atropelos e injustiças sociais, também estipula-se critérios que se internalizam neste ao cumprimento de deveres fundamentais por meio de forças mais enérgicas e contrárias ao não-social. Essa é a condição de  luta, na teoria e na prática, que nós jovens precisamos para se adaptar e atingir o contrato social projetado. Os bens coletivos, que regem as boas condições de vida humana, precisam ser buscados sempre pelo jovem. Desse ponto de vista, argumenta-se numa perspectiva de criação de novas propostas, com mais empregos, mais escolas, mais saúde. Um contrato social nesses moldes, partindo da conscientização, é o caminho para a realização de uma nação mais fiel aos interesses da sociedade. A finalização desse argumento sustenta-se na postura do “jovem político”, cumpridor de seu papel e, acima de tudo, na existência de um elemento novo, a fomentação de idéias complementares à função do cidadão brasileiro. 

 

 

*Acadêmico do Curso de Direito e Servidor do Judiciário TJ/TO

 

       

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