Saudade
Saudade, doce mal que nos bendiz
Que fere mas não deixa cicatriz
Saudade, doce mal que nos tortura
Ao coração maltrata com loucura.
Saudade que me trouxe aqui
Saudade de beijar a ti
Saudade dos tempos passados
Daqueles por quem fui amado.
Saudade de rever os meus
Saudade dos carinhos teus
Saudade quem é que não tem?
Só mesmo quem nunca quis bem.
Se habita lá distante o nosso amor
Nossa alma vai murchando como a flor
Vivendo quer no campo ou na cidade
Se sente a dor imensa da saudade.
Saudade ilusão doce fagueira
É como um véu de flor de laranjeira
Enquanto virgem for recente o pejo
E a brisa a desfolhar morre num brejo.