Lições claras da Natureza

 

Na Natureza todas as partículas que a configuram colaboram entre si. Daí que seja possível – pelo concurso de todos os elementos da Criação – que surjam os vegetais e dêem formosas flores e frutos.

Se pusermos uma plantinha em um vaso de concreto, colocando-o depois num pátio, só servirá para distrair egoisticamente nossa vista, pois a planta se esterilizará, visto que sua semente cairá sobre o cimento, que não pode recolhê-la e, portanto, não será possível que continue existindo através de outras plantas surgidas de sua própria semente, pois, que concurso pode prestar o piso ou o mármore à semente?

Entretanto, se, ao invés de cair em lugar infecundo, encontrar terra fértil, que se umedece com o orvalho da noite ou com a rega que lhe oferece alguma mão caridosa, veremos surgir uma planta aqui, outra ali e muitas mais, sucessivamente.

            Se cada um de nós trabalha, adiantará; em vez disso, isolando-se em si mesmo, sua semente cairá, também, sobre a lousa fria e não terá continuidade de vida, porque ali morrerá. Se, porém, como as plantas que crescem em terreno fértil, lança ao redor a semente do seu entendimento, e uns e outros estendam prodigamente a mão para regá-la, logo haverá muitas plantas da mesma estirpe, da mesma semente.

            Não é possível ir contra os desígnios eternos, porque eles são os princípios inalteráveis que constituem a vida imortal; e se a Natureza, que é obra do Supremo Criador, está dando esse sublime exemplo, não pode o ser humano, dotado de inteligência, pensar opostamente, contrariando esse princípio de colaboração e de irmanação na própria vida.

            Muitas vezes se tem visto um arbusto dar sua sombra a uma planta que nasce, preservando-a, deste modo, dos raios ardentes do sol ou protegendo-a do granizo. E tem-se visto, também, essa planta tomar corpo e alongar seu tronco, protegendo depois o próprio arbusto que, no princípio, lhe deu sua sombra protetora, e que possivelmente teria morrido, açoitado pelos vendavais, se não se achasse sustentado pelo tronco dessa planta que lhe ofereceu generoso amparo.

 

(Este artigo é do criador da  LOGOSOFIA, González Pecotche)

(Conheça a Logosofia, ciência do aperfeiçoamento humano)

Colaboração de Francisco Liberato Costa Póvoa (Ié)

www.logosofia.org.br

 

     

       

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